Quilotórax

Saiba o que é quilotórax e as opções de tratamento: doença rara acomete uma a cada quinze mil pessoas no Brasil, e causa obstrução ou laceração do ducto torácico

Veja também: Derrame Pleural

Quilotórax
Quilotórax. A falta de ar e dor no peito são os principais sintomas do quilotórax

O quilotórax é caracterizado por um acúmulo de linfa entre as pleuras. Ele é considerado um tipo de derrame pleural, mas é a condição menos comum deste problema, sendo uma doença rara, que só acomete uma a cada quinze mil pessoas no Brasil.

Essa condição acontece quando há lesão nos vasos linfáticos do tórax, que pode ocorrer devido a traumatismo, infecção, tumor ou alteração congênita de recém-nascido. Ou seja, geralmente o quilotórax ocorre de forma secundária a um problema de saúde preexistente.

Em grande parte dos quadros, para reverter o problema, é preciso diminuir a produção de líquido que ocorre nos vasos linfáticos, além de drenar o líquido que está na região. Alguns casos exigem procedimentos cirúrgicos.

Para tratar os indivíduos com quilotórax, é preciso procurar um cirurgião torácico e um pneumologista, que escolhem a melhor forma de tratamento, de acordo com a condição do paciente. Entenda mais sobre a doença.

O quilotórax é um tipo de derrame pleural, esquematizado na imagem.

Principais sintomas do quilotórax

O quilotórax pode acontecer sem causar dor ou loculações nos indivíduos. Em muitos casos, os sintomas podem se confundir com outras condições clínicas.

Os principais sintomas que podem afetar pessoas com quilotórax são a falta de ar e dor no peito, principalmente quando o paciente já está hospitalizado. Além disso, pode haver respiração acelerada e batimentos cardíacos rápidos.

Outro sintoma recorrente é a tosse sem motivo aparente, mas que acontece justamente devido ao acúmulo de líquidos na região torácica.

Nos casos em que os indivíduos estão tendo acúmulo rápido de líquido, também pode acontecer queda de pressão e choque.

Exames necessários para o diagnóstico de quilotórax

Caso sejam percebidos os sintomas iniciais em um paciente, o recomendado é procurar o atendimento médico para realizar um exame clínico e, em seguida, um exame radiográfico.

A partir da radiografia, é possível verificar se há acúmulo de líquido. Também pode ser necessário fazer outros exames, como uma ultrassonografia de tórax, linfografia do ducto torácico (pouco utilizado) ou mesmo uma tomografia de tórax, para identificar a lesão e diferenciar as causas.

Vale ressaltar, no entanto, que o diagnóstico de quilotórax só é confirmado após a drenagem de uma amostra do líquido, que é feita durante a toracocentese. Esse exame usa o líquido para análise laboratorial, a fim de verificar se há triglicérides na amostra.

Causas do quilotórax

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, o quilotórax pode ser desenvolvido quando ocorre obstrução ou laceração do ducto torácico. Isso acontece, geralmente, quando o indivíduo passa por trauma, neoplasia, trombose venosa ou tuberculose.

No caso do trauma, as chances de desenvolver o problema aumentam quando o paciente é vítima de acidente, lesão por arma de fogo, queda ou lesão cirúrgica no tórax.

Já no caso das doenças, a neoplasia, que leva ao crescimento anormal de tecido linfático em diferentes partes do corpo, é a principal causa.

Cerca de 50% dos casos de quilotórax acontecem devido ao câncer, com maior destaque para as doenças linfoproliferativas.

Há ainda os casos em que as causas são congênitas, como atresia do ducto torácico, deformidades nos vasos linfáticos ou fístula congênita do ducto torácico. Além disso, a doença também pode ocorrer devido a um trauma durante o parto normal.

Causas menos comuns, mas que também podem acontecer, incluem pancreatite, cirrose hepática e outras síndromes que provocam problemas e geram o impedimento da circulação sanguínea e linfática.

Riscos do quilotórax

O quilotórax precisa ser tratado com rapidez para que não evolua e gere síndromes respiratórias.

Caso não seja tratada, a doença pode fazer com que o pulmão entre em colapso ou mesmo que o paciente tenha um quadro de desnutrição que ameace a vida.

Tratamento do quilotórax

O tratamento do quilotórax pode ser feito independentemente da causa da doença. Inicialmente, a recomendação é de que o tratamento seja conservador.

Nos recém-nascidos, o procedimento clínico é eficaz em 80% dos casos, de acordo com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Em geral, os pacientes tratados dessa maneira passam por toracocentese, drenagem contínua e suporte ventilatório.

Além disso, é necessário fazer suporte nutricional, alimentação parenteral, controle de perdas líquidas e suplementação de triglicerídeos de cadeia média.

Nos casos em que os indivíduos têm grande perda de líquido por mais de uma semana, também pode ser necessária a adoção de dieta parenteral exclusiva e uso de outros medicamentos.

A cirurgia geralmente é recomendada nos casos em que os indivíduos não estão apresentando melhoras no quadro com o tratamento conservador.

Se após 14 dias de tratamento, se o paciente não tiver uma resposta significativa, pode ser feita a cirurgia de ligadura direta do ducto torácico, por videotoracoscopia, e/ou a pleurodese.

Nesses casos, é essencial que o tratamento seja feito por um cirurgião torácico experiente, acompanhado de uma equipe multidisciplinar, já que se trata de uma cirurgia complexa.

Entre em contato com especialistas!

A Cirurgia Torácica do Vale conta com diversos especialistas que atuam no Vale do Paraíba, em São Paulo. Os profissionais trabalham com as melhores técnicas para identificar e tratar casos de quilotórax, além de atenderem pacientes que precisam de atendimentos eletivos, de emergência ou urgência.

Para saber mais sobre os procedimentos realizados pelos cirurgiões da equipe, entre em contato com a Cirurgia Torácica do Vale agora mesmo!

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